× Fale Conosco

Agende sua avaliação!

Enviar via
Ou ligue para (41) 99133-4871
Se preferir, ligue para nós! Ligar agora!
Agende sua avaliação!
×
× Envie-nos um E-mail

    Extração dentária: quando ela é realmente necessária?

    A visita ao consultório odontológico nem sempre termina com um simples exame de rotina. Em alguns casos, o diagnóstico pode indicar a necessidade de uma extração dentária — um procedimento que, apesar de comum, costuma gerar receio entre os pacientes. A dúvida que surge com frequência é: será mesmo preciso remover o dente? Este texto busca esclarecer em que situações a extração se faz inevitável, quais os critérios que levam a essa decisão e o que esperar após o procedimento.

    A importância de preservar sempre que possível

    A odontologia moderna preza pela preservação dos dentes naturais. As técnicas evoluíram de tal forma que muitas lesões e problemas outrora considerados irreversíveis hoje são tratáveis. Restauradores, tratamentos de canal, reabilitações com próteses e outros recursos permitem prolongar a vida útil do dente por muitos anos. No entanto, há casos em que, por motivos clínicos ou estruturais, a manutenção do dente se torna inviável ou mesmo arriscada para a saúde bucal geral.

    Dentes comprometidos por cáries profundas

    Uma das causas mais recorrentes para a extração é a presença de cáries extensas que atingem a polpa dentária — a parte interna do dente, onde ficam nervos e vasos sanguíneos. Quando o dano é tão severo que nem mesmo o tratamento endodôntico (canal) consegue restaurar a estrutura e função do dente, a remoção passa a ser a alternativa mais segura. Ignorar um caso assim pode resultar em infecções severas, com risco de propagação para outras regiões da boca ou até mesmo do corpo.

    Dentes com fraturas radiculares

    Fraturas que atingem a raiz do dente representam outro cenário em que a extração se torna inevitável. Em geral, esse tipo de lesão ocorre após traumas, quedas ou impactos fortes. Ao atingir a base do dente, a fratura compromete a estabilidade e impossibilita qualquer tentativa de recuperação funcional. Nestes casos, manter o dente pode causar dor, inflamação e contaminação óssea.

    Casos de periodontite avançada

    A doença periodontal, quando não tratada adequadamente, pode evoluir para um estágio crônico e severo, chamado periodontite. Nesse estágio, a gengiva e o osso que sustentam os dentes se deterioram, comprometendo a fixação dental. 

    Quando o suporte ósseo está muito comprometido, o dente pode ficar solto, tornando-se inviável qualquer tentativa de manutenção. A extração, nesses casos, é uma medida de contenção para evitar que o quadro afete outros dentes e estruturas adjacentes.

    Dentes inclusos e impactados

    Os terceiros molares, popularmente conhecidos como dentes do siso, são os campeões de extração por inclusão ou impacto. Muitas vezes, esses dentes nascem de forma inadequada, ficam presos no osso ou empurram os dentes vizinhos, causando desalinhamento, dor e inflamações. Quando o dente incluso não apresenta espaço para erupção ou traz prejuízos à arcada dentária, o mais indicado é removê-lo cirurgicamente.

    Dentes com mobilidade severa

    Outra situação que pode justificar a extração é a mobilidade dental extrema, geralmente consequência de doenças periodontais ou perda óssea significativa. Dentes que se movimentam ao ponto de comprometer a mastigação e a estabilidade da arcada representam risco não só funcional, mas também estético. Retirar o dente e planejar uma reabilitação adequada pode devolver qualidade de vida ao paciente.

    Prevenção de problemas ortodônticos

    Em alguns casos, a extração é recomendada por motivos ortodônticos. Quando há falta de espaço na arcada para o alinhamento adequado dos dentes, o ortodontista pode sugerir a remoção de um ou mais dentes, geralmente pré-molares, para permitir o reposicionamento correto dos demais. Essa é uma prática comum e planejada com cuidado, visando o equilíbrio funcional e estético da mordida.

    Dentes com infecção recorrente

    Há situações em que, mesmo após tratamentos, o dente apresenta infecções constantes. Abscessos repetitivos, formação de fístulas e dor persistente são sinais de que o dente não está respondendo às intervenções realizadas. Quando os sintomas afetam a saúde bucal de maneira contínua, a remoção do dente pode representar o fim de um ciclo de sofrimento e instabilidade clínica.

    Considerações especiais em pacientes imunossuprimidos

    Para pessoas com baixa imunidade, como pacientes em tratamento oncológico, transplantados ou com doenças autoimunes, manter um dente problemático pode ser um risco. Uma infecção bucal, mesmo pequena, pode ter consequências graves nesses pacientes. Por isso, em alguns casos, a extração preventiva é indicada como medida de proteção à saúde geral.

    Avaliação criteriosa e individualizada

    A decisão pela extração dentária não deve ser tomada de forma precipitada. O diagnóstico precisa ser baseado em exames clínicos e radiográficos, levando em consideração não só a condição do dente, mas também o histórico de saúde do paciente, a presença de sintomas e as possibilidades de tratamento restaurador. 

    A escuta atenta e a explicação clara por parte do profissional são fundamentais para que o paciente compreenda a necessidade do procedimento e participe ativamente da decisão.

    Cuidados antes e depois da extração

    Antes de extrair um dente, o cirurgião-dentista avalia as condições de saúde geral do paciente, possíveis contraindicações, além de explicar o procedimento, os riscos e os cuidados necessários. Após a extração, é importante seguir as orientações de repouso, alimentação e higiene. 

    O uso de analgésicos ou anti-inflamatórios pode ser indicado para controlar o desconforto nos primeiros dias. Em alguns casos, a prescrição de antibióticos é necessária para prevenir infecções.

    Substituir ou não o dente extraído?

    Após a extração, surge uma nova etapa: pensar na substituição do dente. Embora nem todos os dentes exijam reposição — como os sisos —, em grande parte dos casos, a ausência de um dente pode gerar desequilíbrios na mastigação e até problemas na fala. Próteses, pontes e implantes são soluções que devolvem função e estética, além de evitarem o deslocamento dos dentes vizinhos.

    Saúde e bem-estar

    A extração dentária, apesar de indesejada, é por vezes necessária para garantir a saúde bucal e o bem-estar do paciente. Mais do que um procedimento isolado, ela faz parte de uma estratégia de cuidado, que visa eliminar focos de dor, infecção ou instabilidade funcional. 

    Ao confiar no acompanhamento de um profissional qualificado, o paciente encontra segurança para entender quando a extração é realmente inevitável — e como esse passo pode representar o início de uma nova fase no cuidado com o sorriso.